quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A primeira Hagada a gente nunca esquece...


Para quem não vem acompanhando a politicagem, eis a frase relinchada por Ricardo Coutinho a respeito de José Maranhão que inspirou este artigo: “E agora nomeou igualmente um deputado do partido para uma secretariazinha de interior lá em Campina Grande”, disparou o prefeito, se referindo à convocação de Guilherme Almeida para a Secretaria de Interiorização do Estado da Paraíba.

O bairrismo na Paraíba é forte e por inúmeras vezes beneficiou o conglomerado Cunha Lima, o discurso de João Pessoa contra Campina Grande, sempre foi um belo filão de votos para aquela família.

O Prefeito da Capital como pretenso candidato ao Governo do Estado no ano vindouro, é “naturalmente” um “inimigo de Campina”, pelo simples fato de chefiar o executivo pessoense, e claro que este argumento passional e irracional, mais cedo ou mais tarde, seria usado contra Coutinho. Só não esperava que o próprio Ricardo fosse deflagrá-lo.

Logo pela manhã de hoje as rádios campinenses dedicaram programas inteiros a declaração de RC, e nem vou mencionar os "contra-ataques" dos ouvintes pelo telefone...

É óbvio que a declaração estúpida e infeliz, não foi previamente planejada, nem intencionalmente relinchada. Foi, de fato, um pequeno deslize, ao falar com duas pessoas simultaneamente, o prefeito deixou o celular ligado e foi atender uma segunda chamada, deixou o celular com o jornalista em espera, resultado? O Cara gravou tudo, inclusive, a declaração infantil de Ricardo.

A disputa no próximo ano será quase toda destinada ao interior do Estado, dentro da grande João Pessoa, PSB e PMDB irão dividir entre si a massa dos votos, provavelmente uma repartição de 55% a 45% dos sufrágios para cada partido. O que vai decidir é o interior paraibano.

E por falar nos confins da Paraíba, é justamente onde a figura de Coutinho é extremamente fraca. O trabalho do PSB deve se orientar com o objetivo primordial em fortalecer a frágil imagem de RC em Campina, e no que diz respeito ao Cariri e Sertão, começar literalmente do zero, apresentar o Prefeito da Capital a essas regiões, as quais, mal sabem da sua existência.

Na verdade, a disputa rumo a 2010 já começou, daqui pra frente o PMDB não medirá esforços com o objetivo de desarticular o bloco ricardista, a cassação tucana acabou por dar inicio ao pleito antes do hora. A tênue e delicada aliança das "antigas oposições" está com os dias contados... A desestabilização da Prefeitura de João Pessoa a partir de agora será constante.

O nanico PSB deseja alçar vôos gigantes, apesar de acreditar na viabilidade da candidatura de Ricardo Coutinho, acredito que o caminho até o Palácio da Redenção é muito mais turvo que os partidários do prefeito imaginam.

As lideranças socialistas de âmbito estadual são mais ligadas ao PMDB do que ao próprio Ricardo. E é por conta deste distanciamento, que eclodiu esta pequena crise no terreiro socialista, se bem que chamar Marcondes Gadelha, Guilherme Almeida e Manoel Júnior de socialistas é tão complicado quanto chamar Paulo Maluf de honesto.

Uma declaração como a rajada de excrementos que abriu este pequeno artigo, só vem a complicar a difícil jornada de levar o nome do PSB ao interior paraibano. Daí você já sabe, a primeira a gente nunca esquece:


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Último Samba(?)


A trajetória política do moço da foto aí de cima, foi marcada por uma sucessão de vitórias, Deputado Federal mais jovem do Brasil em 1986, prefeito em 1988, e no período de 1996 a 2002 mais dois mandatos para o executivo campinense. Uma carreira meteórica e inquestionável.

A grande mudança se deu após a chegada ao maior anseio de qualquer político, o governo estadual, chegou ao auge com a eleição ao governo em 2002, e explodiu o percurso eleitoral com a reeleição em 2006. Tudo parecia caminhar as mil maravilhas, o fato até então era esse, o resto se resumia a intriga da oposição.

O céu de brigadeiro começou a embaçar com a perca de uma parte da cozinha de sua mãe, Glória Cunha Lima, a perca da Prefeitura de Campina, a qual acabou por gerar o primeiro grande abalo sísmico na parentela de Ronaldo.

Muito tem se falado dos meios utilizados para se manter por tanto tempo no poder, assim, aparece todo um bastidor, onde a falta de escrúpulos é a principal característica. Utilizar e descartar “aliados”, patrocinar campanha com dinheiro público, não separar o limite do banheiro de casa com o gabinete do Executivo, as licitações fraudulentas, os famosos 15% de comissão sobre as empreiteiras, as nomeações para secretariado sem levar em conta a competência, a distribuição de cargos comissionados sem o mínimo critério e etc.

Um dos atos mais repugnantes e mandonistas, se perfaz com o nome da parentela em obras públicas, as cretinas auto-homenagens tão peculiar a família encabeçada por Ronaldo José da Cunha Lima. Desta maneira, o sucesso do pagodeiro sorridente, parece que não foi tão “brilhante”.

Entretanto, outra questão vem à tona. Dos 26 estados brasileiros, qual o político que não seguiu o bê-á-bá postulado nos parágrafos anteriores?

O principal problema não é apenas o político Cássio, mas o sistema no qual ele está inserido. A “democracia” no Brasil funciona torta e cheia de vícios, ou o sujeito entra na dança, ou, se mantém alheio a tal carreira. Não há como uma freira se manter virgem em meio a tantos tarados soltos pela relva.

A democracia burguesa é espúria, as mesmas vias utilizadas pelo governador cassado para chegar e se manter no poder, também são trilhadas por toda corja peemedebista & Cia. Por mais radical e insano que venha a soar, o discurso do PSOL (a época com o fraco Davi Lobão como candidato), é o que consegue chegar mais próximo da realidade caótica, que de tanto vivermos dentro dela parece até normal sair um governador cassado por uso promocional da máquina pública, e entrar, um segundo que já responde por oito processos de cassação contra o cargo que acabou de assumir. Fica explícito o quão é pobre a política paraibana.

A exemplo dos ensinamentos do grande professor Damião de Lima, para se entender o caos que estamos vivendo temos que retroceder para compreender o que está se passando agora, não obstante, vamos voltar ao pleito onde se originou todo esse moído.

A reeleição em 2006 foi de uma disputa acirradíssima, tão grande, que antigos pactos “não declarados” entre as oligarquias foram quebrados, entre eles, de aceitar a derrota, não recorrer ao judiciário. “Pacto” desfeito a partir do momento que a linhagem Maranhista foi reclamar dos excessos cometido pela candidatura oficial do estado ao TRE.

O processo que muitos acreditavam dar em pizza, acabou por cozinhar uma feijoada com direito a folhas de louro, salsinha, paio e orelha de porco. A indigestão para o clã Cunha Lima foi enorme, maior que qualquer efeito analgésico do Sonrisal. E agora? Do que será de hoje em diante?

O poder de qualquer político se dar com base na extensão de seu abraço, e fora do executivo, os afagos Cassistas são bem menores, imagine quantos contracheques não estão mais sob o julgo Cunha Lima, pense quantas licitações vão deixar de passar pela sua tutela. Tudo isso é um ônus gigante, o qual, uma “simples” eleição ao senado em 2010 não será capaz de tapar o rombo.

Todo e qualquer exercício de adivinhação em política é bastante delicado, os cenários são redesenhados com uma rapidez fugaz, para quem não se lembra em 2006, Cássio havia entrado na disputa sem a menor chance de reeleição, todas as pesquisas apontavam a vantagem de Maranhão, e no final das contas todo mundo já sabe o resultado...

O fato é que Cássio entra em off, vai perder espaço na mídia tanto pelo Governo Maranhão, como também, pelo crescimento da imagem de Coutinho, e agora mais do que em qualquer outro momento, vai ter que mostrar mais uma vez habilidade na politicagem para se sobressair a conjuntura que lhe é extremamente contrária. Se vai conseguir? Só o tempo dirá.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A Vingança do Zé


A política é cheia de atos estranhos, a anulação dos votos do X-governador Casse-o, acabou por premiar as articulações paralelas ao Executivo, pois não é surpresa para as pessoas que acompanham o cotidiano politiqueiro, o relacionamento um tanto o quanto, mais que amistoso entre a cúpula do PMDB estadual e o Judiciário, questão a qual se torna ainda mais proeminente quando vem a baila a postura da notável influência do Senador Sarney frente a Suprema Corte brasileira.

Este processo após percorrer a via crucis chega ao fim antes da páscoa, o “cristo” já foi alvejado, agora resta-nos o novo messias, um senhor de pouco mais de 70 anos e menos de 1,70m de altura, São José Maranhão. Entretanto, como ele conseguiu?

Não consigo imaginar a tomada do poder pelo PMDB sem levar em conta a intensa manifestação do Sistema Correio, particularmente, creio ser em disparado (logo depois da insanidade da curriola cassista), o principal responsável por todo o processo de cassação. Para tanto, vamos rebobinar a fita...

Após o término da disputa em 2006, no dia seguinte a promulgação do resultado, o Correio, seja na rádio, TV ou jornal escrito, já “denunciava” a distribuição, inclusive, estampando na capa de seu jornal cópias do famoso Cheque FAC, mais conhecido como o Força para Ativar Cassação. Toda uma cartilha de pressão ao judiciário foi montada, e nestes últimos 26 meses, não houve um único dia que a cassação não entrasse nos noticiários daquele sistema de informação. Daí surge outra questão, mas por que tanto interesse?

Motivos para tanto não faltam, contudo, para não ser cansativo basta elencar dois:

1º As imensas quantias das verbas publicitárias, não só com a veiculação de informes do governo, como também, na produção das chamadas. Podem acreditar, milhões são gastos com este fim, agora boa parte deste montante estará depositado na conta do Sr. Roberto Cavalcanti.

2º O já citado proprietário do Sistema Correio precisa da famigerada imunidade (não seria impunidade?) parlamentar, os processos que correm contra a sua pessoa haviam sido retomados em janeiro deste ano, agora com sua chegada ao Senado, irão encalhar até quando só Deus sabe...

Contra o proprietário deste mini império de comunicação, pesam mais de 90 processos judiciais (olha que arredondei pra menos), de toda ordem que você possa imaginar, Cavalcanti tem ações que vão desde corrupção ativa, estelionato a formação de quadrilha, em nada mais, nada menos, que três estados (Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro), sem contar os processos na Justiça Federal. Se tem alguém achando pouco, só no processo conhecido como “escândalo da fazenda”, foram mais de R$ 500 milhões sonegados, o ilustre Senador Biônico, é filiado ao PRB (o partido da Igreja Universal) cujas fileiras estão o Bispo Marcelo Crivella e Edir Macedo. Talvez, se o justiceiro Joaquim soubesse das conseqüências da posse imediata do Zé, teria diplomado o único candidato que não utilizou máquina alguma, Davi Lobão.

O Sistema Correio conseguiu algo espetacular, conseguiu manter na mídia um político que já estava há 6 anos longe do Executivo, o qual passou desapercebido no Congresso, e por abordar este tema, durante o ano de 2008 o Senador Maranhão recebeu mais de R$ 33 milhões, entre salários e verbas de gabinete, em compensação apresentou 1 requerimento naquela Casa legislativa, e adivinhe sobre o quê era? Lhes digo: homenagem ao transcurso de 10 anos do falecimento de Humberto Lucena. Uma participação pífia no Senado que não atrapalhou sua aparência como líder político.

A posição de Maranhão como cacique se faz bastante curiosa, o senador-governador não sabe nem sequer montar a chapa, havia escolhido como vice um personagem que atua na zona a qual o próprio Zé é forte (a grande João Pessoa), ignorando na composição da majoritária regiões onde sua presença é fraca, como o compartimento da Borborema. No período eleitoral se “amarra com recursos” em benefício de sua própria candidatura, e ainda, é péssimo nas aparições midiáticas, como nos debates, e mesmo assim é incontestavelmente um líder estadual, graças a quem? O Sistema Correio.

Só a título de curiosidade, vale lembrar que este inimigo cruel do clã Cunha Lima já foi um íntimo aliado, a época do Governo Ronaldo, o Correio funcionava como espécie de panfleto partidário do PMDB, que naquela ocasião dominado de maneira absoluta pelo então governador Cunha Lima, o ódio contra esta família, só surgiu após o racha em 1997, quando Cavalcanti, preferiu se manter ao lado do Diário Oficial a ficar esperando um retorno de Ronaldo a governança estadual.

Destarte, o trabalho já foi concluído, Casse-o foi deposto, se foi por incompetência do PSDB ou não é outra história, o que quer se abordar aqui, é o poder do aparato comunicativo do Correio. Como já havia dito no artigo anterior, ratifico, o alvo agora está nas costas de Coutinho, afinal, só o socialista pode(rá)impedir a reeleição do Zé.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Carnaval do Zé


Agora é com o “rapazin” aí do lado, em definitivo O VÉI VOLTOU...
Ô abre alas que ele quer passar...


Em homenagem ao New Governation, se faz necessário voltarmos as marchinhas de carnaval para entender como será sua administração, sobretudo, a partir dos festejos que se iniciam na próxima sexta.

Pois bem. Se for para entrar no ritmo do Zé, vamos começar com o refrão que a essas horas deve estar a ponto de explodir o telefone do PMDB na capital:

Vai ter que dar, vai ter que dar, pam pam pam... lembra?

O Zé já está fazendo a sua distribuição de benesses dando pra todo mundo... Cargos comissionados, é claro!

A (re) divisão da máquina já começou, aliás, está em curso desde a cassação no TRE, agora passa pelo processo de agravamento, quem nestes últimos anos segurou a onda, guardou o confete e a serpentina, neste instante, além de soltar os adereços, começa a dar as caras, querendo o seu torrão na burocracia estadual.

Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar!

Quem estava mamando no estado perdeu a teta, quem ta chegando vem com a boca seca para se deleitar nas finanças na máquina estadual, além do mais, o governador eleito pelo TSE não terá condições de negar nada aos companheiros, por dois motivos simples:

1° Para manter a oposição coesa encheu de promessas os aliados, agora é hora da recompensa.

2° Ano que vem tem eleições, a disputa contra Coutinho começou a 00:00 de hoje, e todo arsenal já se faz válido.

Olha a cabeleira do Zezé...Será que ele é? Será que ele é?

Os deputados que são (ou eram) oposição, neste exato momento, estão sofrendo uma séria crise de identidade, quantos pularão para jangada do Zé? Ninguém sabe mais quem é quem... O caos politiqueiro é total, a debandada só não vai ser maior por conta da disputa no próximo ano. Afinal, se o Zé perder a reeleição?

Talvez pelo fato elencado no parágrafo anterior, ao confirmar a cassação, a rádio correio já soava os jingles de 2006, seus jornalistas já encampavam o discurso da “reconstrução”, que “obviamente”, não será capaz de ser realizada em apenas 1 ano e 10 meses de governo, o Zé vai precisar de mais tempo. Portanto, desde já não estranhe a metralhadora do Sistema Correio ser apontada para o prefeito da capital.

Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô, Mas que calor, ô ô ô ô ô ô...

A cadeira do Palácio da Redenção pega fogo, o governador caçado já não consegue colocar seus glúteos no assento governamental, é hora de juntar os “panos-de-bunda”, hastear a bandeira branca e soltar a caneta, a hora já chegou, o dia já raiou, deve-se ir embora.

E nem adianta o chororô no STF, a possibilidade de uma virada de mesa é simplesmente nula, ah... E agora também não vale colocar o protetor e fugir do sol, a cara já está queimada. Só resta a Cássio curtir a marquinha de biquíni, porque o governo já era!

Para quem não acreditava que a pipa do vovô não subia mais, (fique sabendo que)
o vovô (não) foi passado pra trás!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Pequena pausa na politicagem para uma mensagem importante (Parte-III)


Anel peniano conta o número de penetrações durante o sexo, custa 9,99 euros.
Veja bem: eu disse "EUROS", então não adianta procurar nos importados de R$1,99.