terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A dura despedida do contracheque



Apesar de continuar atarefado, não podia deixar passar as recentes e previsíveis medidas do Governador Coutinho, colocar da rua pra Deus sabe onde... Cerca de 36 mil “trabalhadores” não-efetivos do Estado, é o primeiro grande serviço prestado a TODOS os paraibanos pela atuação gestão.

No Brasil, é fato comum perpetuar essa gente sem concurso, no máximo, com um razoável padrinho político é e foi gracejada com uma “boquinha” no Estado. Eis o sonho de todo trabalhador da iniciativa privada: ser funcionário público! Mas por que tamanho interesse? Trabalhar pouco e ganhar mais.

Raciocínio lógico e até certo ponto legítimo, porém, para alcançar o paraíso, o mínimo esforço também é justo, logo, “labutar” pedindo voto pra político, distribuir santinho, entregar cesta básica em áreas carentes, pagar conta de luz de possíveis eleitores-consumidores, implorar para que motoristas deixem pôr adesivo do seu candidato-patrão no carro em sinal de trânsito, ou simplesmente bajular o candidato, não é algo que deva resultar em contracheque no Estado.

Os números oscilam, ainda não há como definir quantos “pais de família” foram convidados a se retirarem do Serviço Público Estadual, o imprescindível é o mínimo de moralidade, e expurgar essa massa preguiçosa da já exaurida máquina pública.

Contudo, os sugadores plantonistas não são apenas “comissionados”, habita nas profundezas da Receita do Estado, inúmeros efetivos onde suas preciosas funções são banhadas de gratificações indecentes, imorais e ilegais. É aí que o negócio se complica, e seria interessante ver até onde vai a coragem de Ricardo Coutinho, pois muitas adesões vieram embevecidas pela “oportunidade” de manter seus escrotos privilégios.

Não há como ter o mínimo de caridade para com os prestadores de serviços, comissionados e CIA. Mesmo porque se o caro leitor quiser comprovar a “eficiência” do Serviço Público na Paraíba, recomendo-lhe uma visita a qualquer repartição. Aconselho começar pela Autarquia mais honesta de todas, o DETRAN, em seguida vá a Casa da Cidadania, se ainda tiver fôlego (e muita paciência) se dirija a CAGEPA, caso ainda não tenha cometido suicídio, termine a sucursal pelo inferno, em qualquer Delegacia da Polícia Civil (isso se tiver, ao menos, um escrivão trabalhando).

No mais, indico aos mamadores não-concursados o Tele Curso 2000, ir ao Sine ou fazer um curso técnico no SESI-SENAI. Outra opção seria entrar na "rota da muamba", aproveitar que o dólar está baixo e ir buscar quinquilharias no Paraguai, revender sulanca de Santa Cruz do Capibaribe também não é má escolha. Caso trabalhar de verdade seja demasiado complicado, só lhes restam esperar as próximas eleições.

Obs.: Caso algum recém demEtido é possuidor de carro financiado, casa hipotecada, cartão de crédito estourado, e dependia dos níqueis estaduais para pagar suas contas (à custa do endividamento do Estado), recomendo:

a) Entregar o automóvel ao Banco (mesmo porque vai ser apreendido de todo jeito)
b) Repassar as hipotecas do imóvel para terceiros (é isso ou ver o barraco ir a leilão)
c) Contra cartão não tem solução, bem vindo ao Serviço de Proteção ao Crédito.