sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O eterno problema dos números

Depois de mais de um ano sem atualizar este espaço virtual, devido a complicações acadêmicas e demais perturbações de foro mental, venho agora ressuscitar o defunto, e abordar a atual disputa entre as Oligarquias em Campina Grande.

Na Rainha da Borborema, o maior inimigo das pretensões dos irmãos Vital, não é a influência do Governo do Estado no pleito (muito fraca até agora, diga-se de passagem), nem o fiasco da votação para Câmara de Vereadores local (de vinte e três vagas, elegendo apenas cinco representantes). O problema das aspirações peemedebistas também não é para onde vão os votos dos “Ribeiro”, aliás, acredite, nem mesmo os “Cunha Lima”. O grande obstáculo do PMDB campinense, o maior culpado, o pesadelo atormentador, se chama: Pitágoras de Samos

Analisemos então a grande dor de cabeça que este grego, o qual, nunca teve domicílio eleitoral em Campina Grande arrumou para a candidata Tatiana, aquele gringo, pensava o mundo através de um negócio chamado Matemática, e projetava os acontecimentos por outro negócio complicado, denominado números. 

Como faria o cara que percebeu que a Terra é esférica, vamos então desapegados de qualquer ranço eleitoral, como é características deste Blog, entender o atual quadro político em Campina ao tomarmos por base os números dos últimos processos eleitorais.

 Por fins didáticos observemos assim:

 a) O mote de Campanha mais usado no 1ºTurno (e provavelmente será no 2º), provocar o desejo de despertar na cidade um rancor da população pela família Cunha Lima, apelos como “povo livre de Campina”, “Campina que não se vende”, “Campina não tem dono!”, foi e serão evocados constantemente, o problema é que os eleitores campinenses não têm este ódio da referida família, para não me alongar, vou apenas citar as eleições para o Senado de 2010, quando Cássio Cunha Lima, abocanhou nada menos que 145.038 dos votos, e ainda, levou seu companheiro de chapa, o “forasteiro” Efraim Moraes, para a 2ª colocação nesta cidade, mesma eleição que o irmão do atual Prefeito contou com a escolha de 75.578 pessoas, e acredite, e só faz 2 anos.

b) O alto índice de rejeição da candidata peemedebista, todas as pesquisas convergem para um repúdio do eleitorado de mais de 30% de eleitores que não votam na candidata do Prefeito sob hipótese alguma, o marqueteiro de Tatiana, vai ter que trazer mais algumas dezenas de ex-pacientes da médica para chorar no seu Guia eleitoral...

c) Aos 30% dos sufrágios arrecadados, terão que ser acrescidos mais 20% para ganhar a disputa, ou seja, os 65.195 votos concedidos ao PMDB, se faz necessários ampliar em mais de 32.000 sufrágios para vencer a peleja, isso ao partimos do princípio, que o candidato tucano não irá aumentar sua votação no 2º Turno. 

d) Conseguir cooptar a votação de 36.501 munícipes que optaram por Daniela Ribeiro, outra missão difícil, independente do posicionamento desta candidata derrotada, pois por mais que pareça, nem sempre eleitores são vacas que trocam de curral de acordo com o mando do vaqueiro, dependendo da oferta, a candidata progressista pode até pedir para que seus eleitores votem no PMDB, outra questão é o povo votar.

e) Veneziano vai ter que repetir, no mínimo, mais de 36.501 vezes seu principal jargão deste ano, “votar em Tatiana é a mesma coisa de votar em mim”, até que pelo exercício de rememoração, seus 51% de votos obtidos em 2008, passem para sua candidata, Vené tem que transferir simplesmente 100% de seu espólio eleitoral para eleger Tatiana.

f) Nada menos que 70% da cidade votou na oposição relativa a atual gestão municipal. Portanto, no computo final, o PMDB campinense precisa das pessoas atendidas pela médica-candidata em seu consultório ortopédico: 

 3.888.975 litros de lágrimas; 
4.555.562 quilos de gesso; 
1.558.215Km de gaze; 
5.888.111 ossos fraturados. 

E na matemática pitagórica vermelha ainda serão necessários: 

125.214.784 repetições com o dizer, “Votar nela é a mesma coisa de votar em mim”; 
12 ambulâncias do SAMU funcionando; 
36.501 de pessoas que têm Plano de Saúde, e por isso, não ficaram esperando 1 ano para serem atendidas na UBSF; 
365.789 comissionados na PMCG temerosos em perder seu emprego; 
30.000 laranjas travestidos de petistas.