quinta-feira, 4 de março de 2010

Dubai é aqui



Venho procrastinando a subida ao altar pela questão da falta de um lar, assim, desde meados de 2009 estou à procura de casa em Campina Grande. Além do nome “limpo”, disponho de uma sofrida e diminuta quantia de reais bravamente acumuladas. Entretanto, não consigo comprar a bendita casa.

Ao perambular pelos quatro cantos da cidade, os preços assustam, na Rainha da Borborema não existe mais casa com preço inferior a cem mil reais, mais não existe mesmo! Por que esta subida tão maluca dos preços? Eis a pergunta que há um ano martela minha cabeça.

Sinceramente, não vejo o porquê de preços tão abusivos, é fato que em João Pessoa o mercado imobiliário não está tão especulativo como em Campina, aliás, gostaria de saber a questão pela qual em Campina já existe apartamentos de R$ 1.000.000! E não é eufemismo, as margens do Açude Velho, o pretenso comprador não encontra apartamento com preço que vá muito longe dessa cifra.

Atualmente se expande também pela aquela cidade interiorana, os condomínios de luxo, onde aparecem o Alphaville, Reino Verde, e Residence Privé. Todos com valores exorbitantes, completamente fora das possibilidades econômicas da cidade. Será?

Bom, se imóvel em Campina está tão caro é porque tem quem pague, contudo, duas questões me vêem a mente sobre o assunto:

1º Os imóveis destinados a classe média: Com o maldito subsídio do Governo Federal, os preços das casas dispararam, os famigerados R$ 17.000,000 que pode entrar como abatimento para quem comprove renda de até três salários mínimos para imóveis de até R$ 80.000,000 em vez de ajudar, está atrapalhando. Pois os construtores simplesmente dobraram o valor das casas e apartamentos, sob a desculpa do subsídio dado pelo Governo, ou seja, na prática o incentivo dado pela Caixa só beneficiou as Construtoras, para o comprador o imóvel simplesmente dobrou de preço.

Isso sem levar em consideração as características dimensionais das “casas”. Paredes conjugadas, área de lazer com generosos 3m² (extensão suficiente para fazer um churrasco sem convidados, o anfitrião escolhe quem vai ocupar o espaço: a carne ou as visitas), cômodos minúsculos, materiais de 13ª categoria empregados na obra. Em suma, um produto ruim e caríssimo.

A atual supervalorização imobiliária campinense na verdade está embasada tanto na especulação (quem tem dinheiro sobrando está construindo casebres para vender), como também, no déficit habitacional, o qual é muito alto naquela cidade.

2º Os imóveis destinados a classe alta: mais uma vez especulação e/ou lavagem de dinheiro e demais ações difíceis de encontrar explicação plausível. Pense comigo, como na “orla” do cheiroso Açude Velho, existe apartamento com preço equivalente a um imóvel do mesmo porte na Avenida Atlântida em pleno bairro de Copacabana, em um dos bairros mais pomposos do mundo? Ora! Com um milhão de reais o sujeito deve pensar “compro meu flat em Copa ou lá em Campina Grande”? Dúvida cruel!

3 comentários:

Rogério Farias disse...

è absurdo o ápice da especulação imobiliária em Campina Grande, a farra dos "construtores" e o desespero para o comprador.

Anônimo disse...

Somente um pato compraria um apartamento em Campina City por 1 milhãO DE DOLARES(PREÇO DE UM AP RAZOAVEL NA CIDADE DE NEW YORK,LÁ NOS ESTADOS UNIDOS).
cOMO DIZ O ARTIGO SÓ PODE SER LAVAGEM DE DINHEIRO.
Os construtores gastam 40 mil na construção de uma "casa" e revendem por 80 mil!(cem por cento de lucro!)
Como tem a verba fácil do governo federal, está feita a festa de poucos.
È um absurdo!Viva o aluguel!

Paulinha disse...

Essa notícia é bem antiga, muito provavelmente o dono nem a veja mais, o que tem acontecido em Campina Grande é muito simples, especulação imobiliaria e muita gente milhionaria comprando, é inacreditavel os valores das apartamentos "cubos" e das casas de 40 anos de contrução, casas que valem 80 mil, estão sendo vendidas por 250 mil, o brasileiro precisa entender e começar a se utilizar do BOICOTE, é assim que os negros nos EUA fizeram pra ter o direito de se sentar nos ônibus da America do Norte, mais o brasileiro só se junta pra duas coisas, ver jogo de futebol e beber cachaça fim de semana (não que não possam faze-lo), mas tá na hora de acodarmos e começarmos a prestar mais atenção as coisas que estão ao nosso redor.