sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A sandice do vigário


O Partido dos Trabalhadores paraibano não é lá grande coisa, em nosso Estado, não vai além de um cabide de emprego e guarida para alguns sindicalistas que não são lá bons samaritanos.

A questão que nos chama atenção deste pequeno-grande partido é a última querela envolvendo os líderes da sigla em solo paraibano, nesta disputa, aparece o Padre Luiz Couto. O cristão em foco mesmo com um mandato de deputado federal foi excomungado da política local.

O sacerdote não utilizou as táticas que a instituição religiosa que o mesmo representa há séculos tão bem as utiliza para se manter em pé. O martírio ganhou destaque com o embate de Couto vs. Rodrigo Soares, neste confronto o que nos arrebatou foi a falta de visão política do parlamentar petista.

Luiz Couto insistiu em enxergar a política paraibana como se Cássio ainda fosse o governador, corriqueiramente, seja na mídia, seja internamente, elegeu como inimigo da moral e dos bons costumes cristãos um governador que já havia sido cassado (o deputado confundiu Ave-Maria com o Credo), nisso esqueceu que o PMDB acabava de assumir o Governo, e assim sendo, Maranhão a partir daquele momento teria o Diário Oficial a seu favor, ou seja, poder o suficiente para converter almas petistas ao “novo” governo.

Com a cassação tucana, a paróquia da política paraibana viveu um quiprocó maior que qualquer tititi de viúva papa hóstias, o desmantelo foi tão grande que na manhã posterior ao decreto emitido pelo TSE, nenhuma ovelha paraibana sabia ao certo se era governo ou oposição, um caos sem tamanho, que só o frade não percebeu...

Para completar o erro do Padre Deputado (ou seria o inverso?) este se lança candidato ao Senado na chapa do PSB, só que o rebento esqueceu-se de perguntar a Coutinho se era interesse dele o ver em sua composição.

Agravando uma situação que já não lhe era favorável partiu para o embate direto e pecaminoso, ao evocar a fúria divina contra o já citado Rodrigo Soares, o qual vinha abençoado pelas hostes celestiais do governo estadual, resultado: Rodrigo eleito presidente do PT paraibano, e Luiz completamente isolado, acabou julgado e sentenciado pelo Tribunal do Santo Ofício peemedebista a reclusão. Desta feita, não existe Santo no panteão católico que opere a favor do vigário paraibano, é trabalho demais para qualquer Entidade!

O calvário do deputado só está começando, pois vai ladrilhar pela Paraíba em busca de sufrágios sozinho, sua caminhada rumo a reeleição na Câmara Federal será muito mais uma penitência do que uma campanha propriamente dita. Talvez os fiéis da Capital por complacência tenham piedade e permaneçam unidos a peregrinação do Padre, o problema é o “talvez”.

Se o Padre atuar no sacerdócio de maneira semelhante a qual se apresenta na vida política, que Deus na sua infinita sabedoria tenha piedade de nós. Amém!

2 comentários:

celia marques disse...

parabens pela materia é bom lermos coisas deste tipo, tão lucida, pois ultimamente tá dificil lermos jornais ou blogs

Gilson disse...

Coitado do vigário, ficou sozinho... mas gozações a parte, Luiz Couto é o único deputado federal realmente digno da Paraíba, será uma perca para nosso Estado não contar com sua atuação em Brasília.