terça-feira, 7 de abril de 2009

Procura-se Emprego


A cópia caricata de William Bonner na foto ao lado, é o Jornalista Helder Moura, conhecido pela bravura e valentia que denunciava os descasos da administração cassada de dentro dos estúdios refrigerados do Sistema Correio.

O correspondente maranhista se estarrecia com a incompetência peessedebista, dedica(va) longos minutos da transmissão no seu “Correio Debate”, a revolta pela incompetência do finado governo exterminado, por vezes, chegando a ter um ataque epilético ao denunciar o descaso da vez do PSDB estadual.

O quadro mais carismático do seu programa era “a denúncia enviada pelo telespectador”, coincidentemente, a queixa nunca se fazia contra a Prefeitura de Campina ou João Pessoa, o reclame sempre era destinado a atuação ineficiente do Governo Estadual. Isso, quando não recebia um torpedo no Studio (ao vivo), algum telespectador revoltado lhe enviava “denúncias instantâneas” reclamando qualquer desatino tucano, ou seja, ele apresentava o programa com o celular ligado!

Outra conotação nada despropositada, era o “entrevistado do dia”, curiosamente se revezavam como “convidados” lideranças peemedebistas, a pauta era exaustivamente repetida, algum descalabro administrativo do Governo Estadual. Figuras a época oposicionistas como Gervásio Maia (PMDB), Trocolli Jr. (PMDB), Rodrigo Soares (PT), Vitalzinho (PMDB), e claro, José maranhão. Sentaram na confortável cadeira do “Correio Debate” mais vezes que o próprio Helder Moura.

A performance bizarra ainda passava pela despedida ao fim de mais um programa, tão repetida que virou uma espécie de jargão, “obrigado pela sua honrosa e crescente audiência confirmada pelo IBOPE”, o problema foi quando em 2006 este Instituto começou a apresentar em suas pesquisas eleitorais, a liderança de Cássio Cunha Lima para as eleições estaduais realizadas naquele ano, desde então, nunca mas o comunicador do Correio citou a referida empresa de pesquisa.

Fato realmente útil e válido, se fazia através da pressão em cima da gestão cassada, diga-se de passagem, de grande utilidade a sociedade paraibana, o problema era que a denúncia sucessivamente se apresentava a partir do embate partidário, e não, social. Postulada determina queixa na matéria, em seguida ao voltar para o Studio, além de se posicionar, o esposo paraibano de Fátima Bernardes, tecia a crítica sempre equiparando o caos cassista, contra, a “era de ouro da Paraíba”, a qual, por acaso, coincidia a época do Governo Maranhão.

Ainda possuía um espaço VIP no canal anti-Cunha Lima, porém, como diria o novo governador, “o probema foi depoi da caçassão do iquilino do Palácio da Redenção”, o outrora revoltado repórter, ficou sem ter o que falar, seu estimado programa perdeu o sentido de existir...

Como não tem mais as desventuras cassistas para denunciar, o nobre jornalista deve seguir o exemplo da imprensa brasileira a época do Governo Militar, durante a o programa em vez de discutir política, deve ensinar as donas de casa a confeitar bolo, ou ainda, comentar os biquínis mais usados no verão carioca. E em último caso, procurar um novo emprego!

Portanto, como agora (misteriosamente) está impossibilitado de denunciar alguma aberração administrativa do atual Governo, só resta ao caro repórter do Correio seguir o exemplo de seu tão plagiado colega global:

2 comentários:

Márcio Daniel Ramos disse...

gostei!

realmente o Correio Debate perdeu a razão de ser, a menos que se torne instrumento da imprensa "oficial" do novo governo...

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www.marciodanielramos.blogspot.com

Unknown disse...

E lá se vai mais um apresentador para a geladeira.