quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Vários pesos e uma centena de medidas


Todos sabem a difícil imparcialidade da justiça brasileira, sobretudo, quando estamos nos referimos a Corte Superior, parece que quanto mais “alta” a instância mais confusa e incoerente são suas decisões.

Ainda mais se tratando de Brasil, onde falar mal do judiciário em público é algo impensável de ser feito, tanto pela imprensa, como pela classe política. Neste país, ninguém tem medo de cometer crime, mas, todos têm medo de denunciar os erros e omissões da justiça.

Eis o fato novo, o deputado infiel Manoel Jr. mudou de partido, havia tido o seu mandato solicitado pelo 2° suplente devido ao troca-troca, e no fim das contas o TSE, simplesmente perdoa o infiel paraibano. Estranho, muito estranho. Mesmo porque após a cassação do falecido Walter Brito Neto, se acreditou que “pela primeira vez na história recente deste país”, a justiça eleitoral teria uma resolução clara e válida para todos, LEDO ENGANO.

O argumento exposto pelo ministro(?) Marcelo Ribeiro, se baseia no fato do 1º suplente do PSB já ter solicitado o mesmo mandato, e por isso, o 2º suplente não tem idoneidade para pedir a cassação do infiel, afinal, o processo impetrado pelo 1º suplente ainda não foi apreciado. Daí fica a dúvida, por que o processo do 1º suplente Bonifácio Rocha ainda não foi a julgamento? Se é anterior ao do 2º suplente. Creio que algum expert da confusa e atrapalhada ciência forense deve ter uma desculpa confusa, mas dentro da “forma da lei”.

A questão mais incômoda para os sofridos admiradores da democracia é o fato dos precedentes que foram abertos, o “medo” de mudar de partido o qual até bem pouco tempo era real vai se esvaindo... Com isso, fica explícito que uma boa articulação com o judiciário é fundamental para uma carreira política duradoura, aliás, já havia comentado em outro artigo esta delicada relação entre judiciário e política em nosso estado (http://politiqueironaparaiba.blogspot.com/2009/03/dmaranhao-i-x-montesquieu.html).

O perdão ao infiel Manoel Jr. desmoraliza as regulamentações do próprio judiciário, obviamente, cabe recurso, aliás, não precisa ser nenhum jurista, para saber que sempre cabe recurso em nossa “justiça”, o fato é que até ser julgado, o Deputado Federal paraibano já terá um 2° mandato, desta vez, diretamente pelo seu novo e justiceiro amor, o PMDB.

Não adianta chororô, a turma do PSB paraibano vai ter que engolir calada essa omissão judicial, interpelar recursos por si só não vai resolver nada, o pequenino partido do prefeito da Capital, já começa a pagar por não ter uma estrutura nacional.

Nenhum comentário: