quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Socialismo Brasileiro na Paraíba


É fato que a política é dinâmica e pouco escrupulosa, é verdade também que o posicionamento dos atores políticos mudam ao sabor das conveniências, como é (in)digno destacar os deslizes do PSB paraibano, sobretudo, o campinense.

Em Campina o PSB conseguiu algo no mínimo curioso, simultaneamente, ocupa a vice-liderança do Governo Veneziano na Câmara de Vereadores, e nesta mesma Casa Legislativa, ocupa por pura coincidência, a liderança das oposições, mas, não é tão somente esta falta de diretriz comum que separa os “socialistas”, Antonio Pereira e Ivonete Ludgério.

Há contradições mais delicadas no pequenino partido do Prefeito da Capital, na sua filial campinense, ao mesmo tempo em que mantém uma posição dúbia no parlamento municipal, membros do PSB apesar de professarem um suposto entusiasmo a candidatura ricardista ao Palácio da Redenção, estas figuras ainda ocupam cargos no Governo Veneziano.

Explicitamente fica claro que ninguém quer soltar o osso... O contracheque na folha de pagamento da Prefeitura é mais afável que a coerência política...

O Socialismo paraibano que emana da Capital, esta semana foi em definitivo jogado na latrina, eis que ao se aproximar o pleito vindouro o pó vai caindo, a maquiagem vai descendo, e a suma verdade ganha contornos cada vez mais rústicos.

O progressismo do PSB na Paraíba se abraça libidinosamente com o antiquado DEM em nosso estado orquestrado pelo mandonismo do também progressista Senador Efraim Moraes, isso, sem contar com o já declarado apoio do PTB, do visionário Armando Abílio, passando pelo desenvolvimentismo do PP de propriedade do democrata Enivaldo Ribeiro.

As uniões que contornam e dão envergadura as ambições estaduais de Ricardo Coutinho externam o que há tempos venho mostrando, a ética na política só existe o quanto discurso, a ingenuidade de vários colegas realmente bem intencionados ao admirar os feitos do Prefeito da Capital sempre me deixou desconfiado.

Agora creio que não cabem mais tantos adornos entorno das ambições socialistas, Coutinho é um candidato como qualquer outro, nem melhor, nem pior, apenas mais um sujeito em busca da glória da vitória e do affair dos cargos públicos. Se você ainda dúvida, espere para acompanhar as adesões que ainda estão por vir.

De outrora “messias paraibano”, Coutinho com as atuais alianças se apresenta como um político com ambições nítidas, a obsessão pela vitória é tão importante quanto as convicções ideológicas, não há mais espaço para o “pode até ser”... Ricardo é sim um personagem que precisa construir uma base forte no interior do estado, ainda mais pelo simplório fato de que político não escolhe aliado, todo aquele cujo desejo é seguir a caravana da capital, seja bem vindo. A ideologia fervilhante do sindicalista maltrapilho foi válida, quando o Prefeito da Capital era um sindicalista maltrapilho. Você ainda tem alguma dúvida?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Vários pesos e uma centena de medidas


Todos sabem a difícil imparcialidade da justiça brasileira, sobretudo, quando estamos nos referimos a Corte Superior, parece que quanto mais “alta” a instância mais confusa e incoerente são suas decisões.

Ainda mais se tratando de Brasil, onde falar mal do judiciário em público é algo impensável de ser feito, tanto pela imprensa, como pela classe política. Neste país, ninguém tem medo de cometer crime, mas, todos têm medo de denunciar os erros e omissões da justiça.

Eis o fato novo, o deputado infiel Manoel Jr. mudou de partido, havia tido o seu mandato solicitado pelo 2° suplente devido ao troca-troca, e no fim das contas o TSE, simplesmente perdoa o infiel paraibano. Estranho, muito estranho. Mesmo porque após a cassação do falecido Walter Brito Neto, se acreditou que “pela primeira vez na história recente deste país”, a justiça eleitoral teria uma resolução clara e válida para todos, LEDO ENGANO.

O argumento exposto pelo ministro(?) Marcelo Ribeiro, se baseia no fato do 1º suplente do PSB já ter solicitado o mesmo mandato, e por isso, o 2º suplente não tem idoneidade para pedir a cassação do infiel, afinal, o processo impetrado pelo 1º suplente ainda não foi apreciado. Daí fica a dúvida, por que o processo do 1º suplente Bonifácio Rocha ainda não foi a julgamento? Se é anterior ao do 2º suplente. Creio que algum expert da confusa e atrapalhada ciência forense deve ter uma desculpa confusa, mas dentro da “forma da lei”.

A questão mais incômoda para os sofridos admiradores da democracia é o fato dos precedentes que foram abertos, o “medo” de mudar de partido o qual até bem pouco tempo era real vai se esvaindo... Com isso, fica explícito que uma boa articulação com o judiciário é fundamental para uma carreira política duradoura, aliás, já havia comentado em outro artigo esta delicada relação entre judiciário e política em nosso estado (http://politiqueironaparaiba.blogspot.com/2009/03/dmaranhao-i-x-montesquieu.html).

O perdão ao infiel Manoel Jr. desmoraliza as regulamentações do próprio judiciário, obviamente, cabe recurso, aliás, não precisa ser nenhum jurista, para saber que sempre cabe recurso em nossa “justiça”, o fato é que até ser julgado, o Deputado Federal paraibano já terá um 2° mandato, desta vez, diretamente pelo seu novo e justiceiro amor, o PMDB.

Não adianta chororô, a turma do PSB paraibano vai ter que engolir calada essa omissão judicial, interpelar recursos por si só não vai resolver nada, o pequenino partido do prefeito da Capital, já começa a pagar por não ter uma estrutura nacional.