Tenho acompanhado de maneira assídua a disputa deste ano, e sinceramente, dentro da minha breve vida, mas principalmente desde os 1960 que venho estudando a política desta cidade, é de se impressionar o grau de competitividade que o pleito deste ano chegou. (ponto)
Outra coisa COMPLETAMENTE DIFERENTE é analisar que tal disputa é esta?
Uma corrida desesperada sem a menor ética de ambas as partes, os prováveis projetos de governo foram por água a baixo... a discussão agora é em relação a quem é menos ladrão: Rômulo x Veneziano, chegando ao achincalhe de durante um debate inteiro as partes trocarem denúncias e acusações.
O 2º turno que deveria ser 15 dias a mais para o aprofundamento do debate, acabou por virar uma comédia estilo a pornochanchada da década de 1980. Só tem “pornografia política”, no guia eleitoral fico esperando Lucélia Santos ou Regina Casé passar nua em frente a câmera. Baixaria total!
Cenas apelativas com depoimentos de cabos eleitorais agredidos na rua, não aguento mais! É o pobre tendo orgulho da sua posição de classe, e se mostrando como instrumento a disposição da burguesia (Marx nestas horas deve dar um 360° no caixão).
Sem contar com a auto-idolatria do candidato, citações de passagens bíblicas, “pessoas” chorando ao abraçar o “salvador da pátria” , depoimentos de gratidão por um serviço que lhe é direito, e etc.
Não aguento mais! Creio eu que se Bento XVI tivesse domicílio eleitoral em Campina, dia 26/10 canoninazaria ou exorcizava Rômulo e Veneziano. Nunca vi pessoas “tão boas no guia” se difamarem tanto no debate.
E claro, (pra terminar que já estou entediado) a velha luta do Bem contra o Mau, outra 'singularidade da política campinense', talvez royalties deveriam ser pagos aos renascentistas pelo plágio, como em toda história tem q ter o mocinho e o bandido.
Afora isso, vai o exército de alienados, comissionados e cretinos de uma forma geral, correndo com camisas maliciosamente coloridas com o “manto do candidato”.
E Campina ainda tem o desprazer de ao mesmo tempo virar albergue pra “pessoas” da estirpe de Ney Suassuna, Nabor Wabderley, José Maranhão, Efraim Moraes, Cícero Lucena, Wilson Santiago, Marcondes Gadelha, e outras tantas figuras que dão o ar da graça neste momento. Certamente, Patos, João Pessoa, Araruna, Santa Luzia e Sousa, regozijam em respirar sem estas ilustres presenças e Campina vomita em recebê-las.
E a cidade? Onde fica?
Em 72º plano! Independente de quem ganhar o “pleito” domingo a cidade já sairá perdendo...
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