terça-feira, 26 de abril de 2011

A Polêmica de César



Desde que ousou “cabuetar” o segredo que é não mistério para ninguém, o Chico, ganhou espaço notório e merecido na mídia estadual, ao atacar um problema muito preocupante e que vai muito além do mercado fonográfico (não seria pornográfico?) nas rádios nordestinas.

Ao usar o termo “forró de plástico”, Chico, ó César! Foi no mínimo elegante com a lambada pornográfica dos empresários do “forró” da atualidade. Ao pensarmos nos milhões que rondam os “jabás” para as rádios executarem a queima-roupa durante todo o dia, no transcurso de todo o ano, as “músicas” que o mais longe que conseguem ir, é fazer plágios e crimes hediondos contra canções previamente gravadas por artistas de renome nacional, ou ainda, caprichar nos refrões de duplo sentido. Ao cometer vários crimes contra a humanidade, o palco para este debate deveria ser o Tribunal de Haia, mas na falta deste, tentaremos “moer” os acordes lascivos deste “gênero musical” por aqui mesmo.

Sendo assim, vamos ao que interessa.

Obviamente, nada é feito de graça, além dos milhões derramados nas contas dos donos de rádios (os quais por pura coincidência são SEMPRE políticos), outros milhões de reais vão ao deleite dos empresários proprietários de refrões e dançarinas, o problema, é que esta farra libidinosa é feita com dinheiro público. No São João de Campina, destaco esta cidade somente pelo fato de ter a festa do gênero economicamente mais forte na Paraíba, entretanto, este entendimento pode ser estendido à esmagadora maioria das cidades que financiam com recursos públicos eventos deste tipo.

Portanto, na Rainha da Borborema, os senhores feudais destas bandas faturam alguns milhões, logicamente pagos rigorosamente em dia, o pagamento que atrasa é o dos Servidores e demais contratado da PMCG, a verba para os “festejos juninos” nunca lhes falta. Por isso que a atitude do atual governador em cortar o envio de recursos estaduais para o Maior São João do Mundo (como se houvesse festa do gênero em outra parte do planeta além do Nordeste brasileiro) foi uma medida extremamente coerente com sua plataforma de governo. Porém, o problema ainda vai adiante.

Aqui, em solo nordestino, rios de dinheiro transbordam para estes empresários do forró pornográfico, que também pela mais pura e inevitável coincidência, são patrocinadores de campanhas políticas, e mais impressionante ainda, por vezes dão generosas comissões aos seus contratantes, leiam-se: prefeitos pelo Nordeste à dentro...

Eis a questão do forró descartável chicoteado por ave César! Ter causado tanta polêmica e ter tido tantos defensores nas rádios, para essa gente PhD em meter a mão em dinheiro público, o debate não tem nada a ver com a cultura nordestina, é uma questão de negociata, e nada mais.


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