sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Perfeito só Jesus



Em dois anos da divina providência deste espaço cibernético, pela primeira vez farei o inabalável esforço de falar sério, motivo do discurso rude é a disputa para Deputado Federal.

Em meio a tantos candidatos despreparados, e no caso da bancada paraibana, dos doze que vão a Brasília, peço sua atenção, ou melhor, seu dedo indicador para digitar 1345. Luiz Couto, apesar de ter postado este ano um artigo sobre suas confusas articulações em nosso Estado, em nada diminui sua excelente atuação parlamentar.

O beato em questão merece o nosso voto pela conduta ilibada, isso sem mencionar toda a perseguição que sofre dentro de seu próprio partido, onde em nome do projeto de manter a presidência sob as bênçãos do PT, nos Estados o antigo Partido dos Trabalhadores vem se amancebando com todo tipo de entulho democrático, vide o caso paraibano, aqui a legenda 13 mancomunada com que há de mais retrógado, mas tudo vale para eleger Dilma...

Entretanto, o que esta postura da nacional petista tem haver com o vigário-candidato?

Luiz Couto está isolado dentro da legenda, não aceita a imagem de José Maranhão ao fundo do cenário no guia eleitoral, como também, não concorda em pedir votos para qualquer candidato da trinca Zé, Vitalzinho e Wilson. Mesmo porque, não aceitou os flertes peemedebistas para uma provável candidatura ao Senado, a qual, teria o apoio da máquina partidária vermelha.

Neste pleito, o parlamentar petista faz a divulgação de sua candidatura sem comprar prefeitos e demais “lideranças” municipais, a campanha do milagreiro em pauta, se limita a adesivos e planfetagem, ambos com material gráfico de 12ª categoria.

O pároco também vai além das questões de foro político, transparência em sua atuação parlamentar e a justa inserção de seu nome na lista dos parlamentares mais atuantes do país segundo o portal político "Congresso em Foco", faz com que o padre mereça sua atenção, perfeito só Jesus, é lógico que nosso candidato tem suas limitações, fato que não diminui sua engajada militância política.

Entendo que muita gente não gosta em ver clérigo envolvido com política, então esqueça que Luiz é padre, e lembre-se da ativa atuação parlamentar, aliás, é melhor ter uma padre-candiato que uma mãe-candidata, empresário-candidato, sonegador de imposto-candidato, filho-candidato, pistoleiro-candidato, agiota-candidato...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Acendeu a luz vermelha



Após as duas últimas disputadíssimas campanhas estaduais (2002 e 2006), este ano as eleições não conseguem empolgar ninguém.

Em várias cidades do Estado não se vê bate-boca, briga por bandeira, fuxico, jingles com refrões repetitivos, ou qualquer sinal de manifestação popular, os candidatos não conseguem despertar a paixão no eleitorado, tudo muito aguado. Falta tempero no pleito, promessas mirabolantes, acusações estapafúrdias, insinuações de foro sexual, enfim, baixaria.

O pleito este ano está tão "páia" que até o Sistema Correio ainda não tomou nenhuma punição da Justiça Eleitoral.

De um lado um candidato que está absolutamente certo da vitória, e tão garantido se mostra, que não vai mais a debates (e algum dia já foi?). Zé apenas conta com a rápida passagem do tempo até o dia da votação, a campanha para o PMDB paraibano está sob o mesmo patamar do PT nacional, ou seja, “acabou a disputa”.

Porém, o que de fato nos impressiona é a letargia, quase demência do socialista RC, candidato sem carisma, não consegue cativar o eleitorado, nem mostra arrojo e muito menos “vontade de vencer”, com o eterno aspecto de estar sob o efeito de Demerol não consegue empolgar o público, aliás, Duda Mendonça deveria receitar em vez de propostas “importadas” da Bahia, uma boa dose de Fluoxetina para angariar ânimo ao seu cliente.

O fato é que apesar de todo o guia eleitoral ricardista fazer de conta que “está tudo sobre controle”, a verdade se mostra cruel as ambições do ex-prefeito, acabou por cair sobre a sombra de Cássio, logo, se põe ao perigoso fardo de ir buscar os eleitores tucanos na Paraíba, em suma, Coutinho perdeu o que era seu maior trunfo: vida própria. Acabou por ser coadjuvante no eterno debate Cássio x Maranhão.

É inadmissível para um prefeito que ambiciona se tornar governador, não conseguir ampla maioria na cidade a qual governou recentemente, pura infantilidade culpar as alianças feitas com os setores conservadores como motivo do eminente fiasco da candidatura socialista, quem está na oposição não pode se dar ao luxo de escolher aliados. O que falta é gana por parte do candidato pessoense, afinal, comícios, passeatas, carreatas, guia eleitoral, nada mais refletem que o perfil do candidato, neste caso, como já foi dito, está tudo muito aguado...

A saída? Pergunte ao marqueteiro baiano, mesmo porque, milhões e milhões de “real” foi dado a Duda, dinheiro para comprar quilos de vatapá, caruru, dobradinha, acarajé... E espero que os vinténs depositados na Bahia, tragam de lá um bom Pai de Santo para exorcizar a falta de encanto do PSB paraibano.