Atendendo a pedidos, vou externar como visualizo a corrida destinada ao Senado na Paraíba, ao começar a idealizar este artigo, me veio à mente o fato da extensão do debate, o quão é complicado para quem escreve sintetizar um assunto tão diverso.
O leitor que nos acompanha há mais tempo, deve ter notado que diminuímos o tamanho dos artigos (agora também não podemos ser tão resumidos, tem gente que quando ler três parágrafos já está pedindo resumo...) e para atender o desejo de quem nos acompanha, utilizarei a metodologia abaixo para traçar um rápido panorama do cenário o qual envolve o cargo citado anteriormente, lembrando que são duas vagas este ano para o Senado.
a) Efraim Moraes (DEMO)
Prós: O mesmo fator que o fez Senador em 2002, a oportunidade de colar literalmente em Cássio Cunha Lima, e mais, este ano além do governador cassado, ainda tem Coutinho para grudar nas aparições públicas, e no que isso ajuda? O eleitor pode “votar casado”, tanto no Compartimento da Borborema, quanto, na Grande João Pessoa.
Contra: A atuação pútrida que teve em seu primeiro mandato, se envolvendo em escândalos de toda ordem (prometo mostrar com detalhes em outro texto), inclusive, quando concedeu gratificação aos Servidores do Senado, período no qual esta Casa Legislativa encontrava-se em pleno recesso. E mais, está filiado ao Partido que mais encolheu na última década, os antigos udenistas, atuais “Democratas”, legenda em franco declínio em todo o país.
b) Vitalzinho (PMDB)
Prós: O carisma do irmão (Veneziano) que pode vir a transferir votos de Campina Grande, além de algo que foi determinante para seu sucesso rumo a Câmara de Deputados em 2006, o uso da máquina administrativa da PMCG, imagem a qual foi tão bem utilizada no último pleito em que Vital Filho esteve disputando cargo eletivo.
Contra: Vitalzinho tem reeleição absolutamente garantida na Câmara Federal, e disputar uma vaga na senatoria é um risco muito alto, pois no seu bloco partidário só poderá sair um candidato vitorioso, ou seja, seu principal adversário não é Cássio (pois este certamente estará eleito), mas o companheiro de chapa Wilson Santiago.
c) Wellington Roberto (PR)
Prós: Como o próprio candidato não cansa de dizer “possuo um exército de prefeitos”, e mais, somas inimagináveis de recursos para entrar firme no pleito.
Contra: Fraco conhecimento de sua existência o quanto político pelo eleitorado, não conseguiu se amarrar a nenhum partido de expressão, muito menos, a um candidato ao Governo Estadual com chances de vitória (leia-se: Coutinho ou Maranhão).
d) Wilson Santiago (PMDB)
Prós: Uma base eleitoral espalhada por todo o estado robusta, contando com o apoio há mais de uma década de várias lideranças políticas, o que já lhe garantiu votações expressivas nas vezes que se elegeu Deputado Federal. E assim como o seu companheiro de Chapa, este ano, poderá contar com o apoio do Governo Federal e Estadual para alavancar sua candidatura, sobretudo, se tiver a habilidade de convidar um petista para 1ª suplência.
Contra: A falta da máquina administrativa de uma Prefeitura de grande porte que lhe desse mais visibilidade nas duas maiores cidades do Estado, ainda, a disputa interna com Vitalzinho, já que os dois vão brigar pela mesma vaga.
O leitor deve ter notado a ausência de Cássio na análise, achamos por bem tirá-lo pelo fato da sua eleição ao Senado estar plenamente garantida.
Outra figura “ilustre” retirada da análise foi o Senador Roberto Cavalcanti, o qual precisa desesperadamente de um mandato federal, para continuar a ver seus processos emperrados na Justiça, contudo, manter-se no Senado é um sonho tão distante que irá disputar espaço novamente na suplência, ou mais provável, na Câmara Federal.
Além dos fatos mencionados ao longo do texto, não podemos esquecer-nos dos famosos “cacarecos”, aquelas figuras que entram na disputa para nos deixar mais felizes, porém, sem a mínima possibilidade de vitória. O fato é que esses “nanicos” atrapalham os grandes, raspando entre 1% e 3% dos votos válidos, o que numa disputa acirrada pode e vai fazer falta aos grandes.
Em suma, as opções “viáveis” ao eleitorado paraibano quando o assunto é Senado, se apresentam como péssimas, nenhum dos pleiteantes possui idoneidade para ocupar um cargo tão nobre como o de Senador da República. Entretanto, a escolha (responsabilidade) será sua...
Boa Sorte!
O leitor que nos acompanha há mais tempo, deve ter notado que diminuímos o tamanho dos artigos (agora também não podemos ser tão resumidos, tem gente que quando ler três parágrafos já está pedindo resumo...) e para atender o desejo de quem nos acompanha, utilizarei a metodologia abaixo para traçar um rápido panorama do cenário o qual envolve o cargo citado anteriormente, lembrando que são duas vagas este ano para o Senado.
a) Efraim Moraes (DEMO)
Prós: O mesmo fator que o fez Senador em 2002, a oportunidade de colar literalmente em Cássio Cunha Lima, e mais, este ano além do governador cassado, ainda tem Coutinho para grudar nas aparições públicas, e no que isso ajuda? O eleitor pode “votar casado”, tanto no Compartimento da Borborema, quanto, na Grande João Pessoa.
Contra: A atuação pútrida que teve em seu primeiro mandato, se envolvendo em escândalos de toda ordem (prometo mostrar com detalhes em outro texto), inclusive, quando concedeu gratificação aos Servidores do Senado, período no qual esta Casa Legislativa encontrava-se em pleno recesso. E mais, está filiado ao Partido que mais encolheu na última década, os antigos udenistas, atuais “Democratas”, legenda em franco declínio em todo o país.
b) Vitalzinho (PMDB)
Prós: O carisma do irmão (Veneziano) que pode vir a transferir votos de Campina Grande, além de algo que foi determinante para seu sucesso rumo a Câmara de Deputados em 2006, o uso da máquina administrativa da PMCG, imagem a qual foi tão bem utilizada no último pleito em que Vital Filho esteve disputando cargo eletivo.
Contra: Vitalzinho tem reeleição absolutamente garantida na Câmara Federal, e disputar uma vaga na senatoria é um risco muito alto, pois no seu bloco partidário só poderá sair um candidato vitorioso, ou seja, seu principal adversário não é Cássio (pois este certamente estará eleito), mas o companheiro de chapa Wilson Santiago.
c) Wellington Roberto (PR)
Prós: Como o próprio candidato não cansa de dizer “possuo um exército de prefeitos”, e mais, somas inimagináveis de recursos para entrar firme no pleito.
Contra: Fraco conhecimento de sua existência o quanto político pelo eleitorado, não conseguiu se amarrar a nenhum partido de expressão, muito menos, a um candidato ao Governo Estadual com chances de vitória (leia-se: Coutinho ou Maranhão).
d) Wilson Santiago (PMDB)
Prós: Uma base eleitoral espalhada por todo o estado robusta, contando com o apoio há mais de uma década de várias lideranças políticas, o que já lhe garantiu votações expressivas nas vezes que se elegeu Deputado Federal. E assim como o seu companheiro de Chapa, este ano, poderá contar com o apoio do Governo Federal e Estadual para alavancar sua candidatura, sobretudo, se tiver a habilidade de convidar um petista para 1ª suplência.
Contra: A falta da máquina administrativa de uma Prefeitura de grande porte que lhe desse mais visibilidade nas duas maiores cidades do Estado, ainda, a disputa interna com Vitalzinho, já que os dois vão brigar pela mesma vaga.
O leitor deve ter notado a ausência de Cássio na análise, achamos por bem tirá-lo pelo fato da sua eleição ao Senado estar plenamente garantida.
Outra figura “ilustre” retirada da análise foi o Senador Roberto Cavalcanti, o qual precisa desesperadamente de um mandato federal, para continuar a ver seus processos emperrados na Justiça, contudo, manter-se no Senado é um sonho tão distante que irá disputar espaço novamente na suplência, ou mais provável, na Câmara Federal.
Além dos fatos mencionados ao longo do texto, não podemos esquecer-nos dos famosos “cacarecos”, aquelas figuras que entram na disputa para nos deixar mais felizes, porém, sem a mínima possibilidade de vitória. O fato é que esses “nanicos” atrapalham os grandes, raspando entre 1% e 3% dos votos válidos, o que numa disputa acirrada pode e vai fazer falta aos grandes.
Em suma, as opções “viáveis” ao eleitorado paraibano quando o assunto é Senado, se apresentam como péssimas, nenhum dos pleiteantes possui idoneidade para ocupar um cargo tão nobre como o de Senador da República. Entretanto, a escolha (responsabilidade) será sua...
Boa Sorte!
11 comentários:
Este espaço é um dos poucos com Real independência no que diz respeito as análises políticas na Paraíba, mesmo pq o q se esperar desta corja de jornalistas vigaristas q estão lotados na imprensa estadual?
Esses senadores da Paraíba, são todos uns zeros à esquerda.
Agora é a vez de mandá-los pra fora do senado. Vão procurar uma lavagem de roupas!
Caro Trindade,
O Sr. não pode menosprezar o papel ativo do Senador Efraim na câmara, inclusive, quando presidiu a CPI dos bingos.
É realmente uma pena o fato dos Senadores paraibanos sempre serem tão fracos...
Pior do que isso tb é se isentar e não votar em ng. acho q pelo menos um deles tem sim direito ao voto de confiança, afinal, nõa podemos jogar todos na vala comum, este discurso de "são todos iguais" é muito egoísta.
É ralmente lastimável o quão rasteiro é o nível dos políticos da Paraíba, vivem e se elegem apenas com o tal do "carisma". e ainda, da ignorância do povo!!
É uam lástima estes senadores paraibanos, espero q nenhum consiga êxito, mas sei, q pelo menos 2 dessas figuras vão sim conseguir surrupiar um mandato de longos 8 anos.
Uma verdadeira tragédia, mais do que, anunciada.
Não havia ouvido falar no Sr. até hoje à tarde na coluna de Claudio Góes e não sei em quais espaços jornalísticos dignos do nome Vossa Excelência acostumou-se a fazer suas previsões políticas. Mas dizer que a eleição do Supercorrupto é pule de dez é, no mínimo, desconhecer a história política da Paraíba. Wilson Braga, o Governador das Aguas, por exemplo, também era dado como eleito e perdeu o mandato. José Américo, que foi superministro de Vargas, também dançou na curva. Por que o Supercorrupto, sinônimo de safadeza, estaria eleito para o Senado, faltando oito meses para o pleito? Em Política, humildade e cautela não fazem mal a ninguém. Assim como também em análises pretensamente jornalísticas...
Parabéns Porf. Trindade pelo texto,
Mais uma vez vc demonstrou lucidez e perspicácia ao análisar a política estadual, seu Blog deveria ser exemplo a ser seguido em nosso estado.
E pro "anônimo" aí de cima, desculpe mas thiago é Professor de História da Paraíba (UFPB).
Texto convincente, mas polêmico! deve ser decepcionante pra quem acredita q no Brasil existe democracia se deparar com a realidade política na Paraíba, infelizmente, nossos politi(queiros)cos são péssimos.
são tão ruins que uma figura como Cássio Cunha Lima já tem seu mandato praticamente garantido!
Alô, Seu Jorge: pior ainda, já que o ínclito colunista é professor de História e não sabe - ou não sabia -, dos casos citados por mim e de outros igualmente célebres. Já temos no Senado gente como Sarney e Collor. Já tivemos ACM e Arruda. Não estaria na hora de promovermos, nós, pessoas conscientes, uma campanha para livrar o país de descraças como as citadas e como o Supercorruto, ao invés de ficarmos aqui apregoando, com uma ponta de indisfarçável e mórbida alegria, a vitória do Mal sobre o Bem?
Ah, e tem mais: fui olhar o perfil do nosso aprendiz de feiticeiro e está entre suas leituras prediletas o...Diário da Borborema!!!!!!!A quem interessar possa, digo que, recentemente, assisti a apresentação de um trabalho em um seminário nacional de Fontes Documentais lá em Campina Grande - na UFCG, pra ser mais preciso -, e o autor mostrou 171 deturpações em fatos da história paraibana das décadas de 70 e 80 no Diário da Borborema, concluindo, por fim, que o tal jornal, a Bíblia do nosso atilado colunista, não pode ser considerada uma fonte de pesquisa séria. Cento e setenta e um...Não sei porque este número me lembra o Código Penal Brasileiro...
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