terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Regozijo da 3ª idade



Dizem que é na velhice o momento pelo qual o homem vive ao máximo os prazeres da vida, com a experiência de décadas de convivência em sociedade o ser humano amadurece, consegue ver alegria nas coisas mais simples, ou seja, entrar na 3ª idade é antes de tudo um imenso privilégio. Não concorda comigo? Mas o governador José Targino Maranhão, concorda!

Eis que percebemos a tranqüilidade maior do que qualquer asilo para idosos pode proporcionar, sossego este, no qual o atual governador está residindo. Há apenas o som dos pássaros, o vôo harmonioso do colibri, o brilhar incandescente das flores, o vento fresco que balança as árvores, tudo na mais absoluta paz.

Estou indo de politiqueiro a filósofo? Também não. Meu intuito é apenas traduzir o contentamento sublime vivenciado pelo Zé. Ora! A oposição está batendo cabeça! Segue desunida, é cada um pensando exclusivamente no seu próprio umbigo, o que é normal em política, entretanto, atualmente estes “interesses específicos” estão ultrapassando os limites do bom senso.

Na capital impera a arrogância de Ricardo Coutinho, o Prefeito está a cometer um erro grave, continua enxergando a disputa estadual como se a eleição este ano fosse para chefe do executivo pessoense, e sabemos que não é!

RC insiste em colocar a prepotência a frente do diálogo, perder o apoio do PTB é algo absurdo, pura falta de habilidade política, descer do pedestal e ir falar diretamente com a turma de Armando Abílio é fundamental. Não adianta mandar lacaios de 2ª linha, não faz sentido mandar fulano ou sicrano amansar os nervos de Carlos Dunga, o próprio governável deve abrir as negociações.

Como se não bastasse a imperícia do prefeito-candidato, seu aliado mais robusto (Cássio), não consegue anular Cícero Lucena, e a demora em colocar no papel a aliança com o PSB, só faz Maranhão continuar rindo de tudo, inclusive, da briga entre um povo (oposição) que se engalfinha entorno do que não tem: a máquina estadual.

Coutinho e seus fiéis seguidores (todos sem mandato) devem despertar para o simplório fato que Maranhão além de estar sob a batuta do poder, nas últimas eleições teve mais de 900 mil sufrágios, e os socialistas estão correndo atrás dos votos de Cássio, afinal, quais motivos levariam o eleitor do PMDB de 2006 a não votar na mesma legenda em 2010?

Caso vingue a saída do PTB, só vai restar ao coletivo de Coutinho, DEMO e o PP, duas siglas com “proprietários” decadentes, Efraim Moraes e Enivaldo Ribeiro, dois personagens com densidade eleitoral fraca, pois até o tempo de televisão lhe será curto.

Sugiro encerrar este pequeno artigo com outro texto que escrevi há alguns meses sobre o PSB, clique aqui e veja se estou enganado.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

No Pipa – Yes Jacumã



Ao ecoar os primeiros acordes carnavalescos, juntei minhas precárias economias somadas a meus pertences de primeira necessidade, e ladeado pela minha senhora parti rumo ao litoral.

Ao percorrer a BR-230 resolvi subir pela BR-101, com destino a Natal, daí lembrei que muitos amigos já tinham me falado sobre Pipa, praia em solo potiguar, como estava sem destino mesmo, fui ver o que danado tem de tão bom naquele lugar.

A primeira vista Pipa choca, não pelas belezas naturais (que não vi nada de esplêndido), mas sim, pelo alto preço dos serviços, seja pousadas, bares, mercadinhos e etc. Tudo na região é muito caro, assim, de imediato pensei em pular fora do litoral norte rio-grandense. Contudo, resolvi ficar.

Ao andar pelas ruas estreitas daquela cidadezinha litorânea fui começando a entender o porquê dos preços abusivos, vi um distrito pequeno, mas limpo, apesar de na praia não ter número adequado de lixeiras, raramente via lixo na orla.

O controle do tráfego muito bem organizado pela Polícia Militar, onde não se via som de carro ligado em nenhum ponto da Vila, pois ao entrar em Pipa com o volume alto, a “playboyzada” tomava um enquadramento da autoridade policial.

Pipa oferece uma rede diversa de restaurantes e opção de visitação com ambientes múltiplos, seja o ecoturismo, passeio de paraglider, boates, área para camping, ou ainda, os inúmeros barzinhos que agradam as mais diferentes tribos.

Ao prolongar minha estadia no Rio Grande do Norte, simultaneamente fui me lembrando do que via nos carnavais em território paraibano, e realmente é lamentável para nós tal comparação.

O litoral paraibano não tem a mínima infra-estrutura para receber um grande contingente de turistas, falo daquele povo que chega com os bolsos amarrotados de Euros, nossas praias raramente são visitas pelos escandinavos, povo que congestiona pontos turísticos potiguares, como é o caso da praia aqui citada.

Ao dimensionar a “estrutura” de pontos festivos na costa paraibana, sempre nos lembramos de Baía da Traíção, Lucena e Jacumã. Três praias belíssimas que estão fora da rota turística internacional, pois é redundância falar da desorganização absoluta destes pontos de veraneio. No máximo o que se ver nestes balneários são Agentes de Trânsito tentando disciplinar o congestionamento crônico, servidores estes (salvo raríssimas exceções) que vêm sedentos por propinas e outros afagos de ordem financeira e criminosa.

O lixo impera nos três dias do reinado de Momo na “rota da farinha” paraibana, além do caos vivenciado pelos transeuntes, ainda tem o alto índice de criminalidade, com pequenos furtos acontecendo a todo instante, sem contar, na recorrente falta d’água, quando as três praias não disponibilizam se quer água potável de maneira adequada, isso porque não citei as quedas de energia elétrica.

Infelizmente, apesar de possuir o litoral mais belo da Confederação do Equador, a Paraíba apanha feio no que diz respeito à logística para receber os foliões de outras regiões, mais ainda, a comunidade internacional, a qual, como já foi dito, vem cheia de simpatia e milhares de euros, dólares, libras para torrar.

A Paraíba independente de governos estaduais ou municipais, nunca teve um projeto turístico minimamente planejado, aqui sempre impera comerciais televisivos, onde se mostra o que só existe durante a filmagem publicitária, ou ainda, as dezenas de cargos comissionados que se encastelam na PBTUR em troca do contracheque no estado, e por serem agregados de famílias prestigiosas, não têm o menor compromisso com a causa em análise.

Tem que haver planejamento, cujo objetivo, prime pela formação de um complexo turístico o qual disponibilize Casa de Câmbio, Aluguel de Automóveis, Marina, e uma programação musical que vá além dos plágios das “canções” pornográficas da Bahia e do Ceará.

O turismo por aqui mal consegue engatinhar, nosso litoral precisa urgentemente de um balneário que ao menos, comece a oferecer concorrência aos locais consagrados, a exemplo, Pipa (RN) e Porto de Galinhas (PE). Belezas naturais para isso a Paraíba tem de sobra, o que falta é planejamento governamental.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nosso Bloguinho crescendo...



Concurso Caça Talentos elege colunistas que vão integrar a família PB Agora. Confira os ganhadores

O portal PB Agora anuncia os vencedores do concurso Caça Talentos. O primeiro lugar ficou com Thiago Trindade Marques que foi contemplado com Notebook com tela de 14” gravador de DVD, HD de 160, 2GB de memória e webcam integrada. O segundo colocado, ganhador de um aparelho de DVD, foi para João Sabino de Matos Neto. Já o terceiro lugar ficou com Luiz Ricardo Soares Cavalcanti premiado com um Pendrive de 8GB.

Os três vencedores do concurso foram agraciados também com uma coluna no Portal PB Agora. O concurso contou com mais de cinqüenta pessoas inscritas, cada uma apresentando três trabalhos. Os trabalhos foram julgados por uma comissão de seis pessoas entre jornalistas e colaboradores do grupo EW3.

Os prêmios serão entregues no dia 22 de fevereiro na sede do Portal PB Agora na Rua Hilda Coutinho Lucena, nº 101, bairro Miramar, em João Pessoa.

PB Agora

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Até onde a eleição presidencial influencia a disputa na Paraíba


Quando o tema é eleição federal a disputa se agiganta, uma série de fatores regionais vêm à baila, afinal, as dimensões continentais deste país, somado, as várias famílias que se digladiam em cada Estado, ainda mais se for o caso do Nordeste, fazem o poder do governo central ser importante na busca desesperada por votos.

É cada um querendo vencer primeiro no seu Estado, e num segundo momento, se possível, a disputa no plano nacional. Questão que ficou ainda mais patente com os dois últimos pleitos estaduais aqui na nossa pequenina Paraíba.

Em 2002 com o “lulismo” a pleno vapor, o então candidato Avenzoar Arruda causou um espanto ao abrir as urnas, naquela ocasião o candidato petista abocanhou uma margem expressiva dos votos, e para resumir a estória, levou a eleição para o segundo turno.

No ano de 2006, com o Partido dos Trabalhadores com a máquina administrativa nas mãos, a força do Governo Federal se incidiu sob a Paraíba, José Maranhão deve aquele 2º turno a dois personagens, ao Presidente Lula, o qual, se fez utilizar de todo o tipo de argumento para convencer o eleitorado paraibano que o candidato dele era o Zé. E ainda, num outro plano, ao esquerdista David Lobão.

Entretanto, nunca se verá uma eleição com a atuação tão explicita do poder Federal quanto no pleito vindouro. Lembremos que Lula não será candidato, assim, terá tempo de sobra para percorrer os Estados, além disso, ainda andará com a caneta presidencial no bolso...

O atual Presidente usufrui de uma aceitação em solo paraibano esmagadora, segundo pesquisas, chegando ao índice sobrenatural com 92% de aprovação em nossa terrinha. Numa eleição disputada o que não atrapalha, sempre ajuda. Neste caso, a veiculação da dupla Maranhão e Dilma, robustece por demais a candidatura peemedebista na Paraíba.

A máquina Estadual funcionará como uma extensão dos recursos de toda a ordem emitidos direto de Brasília, milhões de reais vão chegar à Paraíba via convênios, isso fez e faz uma diferença colossal na disputa, por isso venho a algumas semanas afirmando, e ratifico agora: até o dia 03 de outubro José Maranhão irá crescer nas pesquisas de opinião.

Na atual conjuntura, seria mais do que fundamental para as pretensões da dupla RC-CCL, a renúncia da candidatura de Ciro Gomes, fato que poderia “democratizar” a disputa no que concerne ao acesso dos recursos e carisma do Presidente Lula.

O quanto mais pobre for o Estado, maior influência terá o Governo Federal nas eleições regionais, e como a Paraíba figura entre as Províncias mais miseráveis do país, nem precisa completar a frase...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Menu Indigesto: Os senadores da Paraíba


Atendendo a pedidos, vou externar como visualizo a corrida destinada ao Senado na Paraíba, ao começar a idealizar este artigo, me veio à mente o fato da extensão do debate, o quão é complicado para quem escreve sintetizar um assunto tão diverso.

O leitor que nos acompanha há mais tempo, deve ter notado que diminuímos o tamanho dos artigos (agora também não podemos ser tão resumidos, tem gente que quando ler três parágrafos já está pedindo resumo...) e para atender o desejo de quem nos acompanha, utilizarei a metodologia abaixo para traçar um rápido panorama do cenário o qual envolve o cargo citado anteriormente, lembrando que são duas vagas este ano para o Senado.

a) Efraim Moraes (DEMO)

Prós: O mesmo fator que o fez Senador em 2002, a oportunidade de colar literalmente em Cássio Cunha Lima, e mais, este ano além do governador cassado, ainda tem Coutinho para grudar nas aparições públicas, e no que isso ajuda? O eleitor pode “votar casado”, tanto no Compartimento da Borborema, quanto, na Grande João Pessoa.

Contra: A atuação pútrida que teve em seu primeiro mandato, se envolvendo em escândalos de toda ordem (prometo mostrar com detalhes em outro texto), inclusive, quando concedeu gratificação aos Servidores do Senado, período no qual esta Casa Legislativa encontrava-se em pleno recesso. E mais, está filiado ao Partido que mais encolheu na última década, os antigos udenistas, atuais “Democratas”, legenda em franco declínio em todo o país.

b) Vitalzinho (PMDB)

Prós: O carisma do irmão (Veneziano) que pode vir a transferir votos de Campina Grande, além de algo que foi determinante para seu sucesso rumo a Câmara de Deputados em 2006, o uso da máquina administrativa da PMCG, imagem a qual foi tão bem utilizada no último pleito em que Vital Filho esteve disputando cargo eletivo.

Contra: Vitalzinho tem reeleição absolutamente garantida na Câmara Federal, e disputar uma vaga na senatoria é um risco muito alto, pois no seu bloco partidário só poderá sair um candidato vitorioso, ou seja, seu principal adversário não é Cássio (pois este certamente estará eleito), mas o companheiro de chapa Wilson Santiago.

c) Wellington Roberto (PR)

Prós: Como o próprio candidato não cansa de dizer “possuo um exército de prefeitos”, e mais, somas inimagináveis de recursos para entrar firme no pleito.

Contra: Fraco conhecimento de sua existência o quanto político pelo eleitorado, não conseguiu se amarrar a nenhum partido de expressão, muito menos, a um candidato ao Governo Estadual com chances de vitória (leia-se: Coutinho ou Maranhão).

d) Wilson Santiago (PMDB)

Prós: Uma base eleitoral espalhada por todo o estado robusta, contando com o apoio há mais de uma década de várias lideranças políticas, o que já lhe garantiu votações expressivas nas vezes que se elegeu Deputado Federal. E assim como o seu companheiro de Chapa, este ano, poderá contar com o apoio do Governo Federal e Estadual para alavancar sua candidatura, sobretudo, se tiver a habilidade de convidar um petista para 1ª suplência.

Contra: A falta da máquina administrativa de uma Prefeitura de grande porte que lhe desse mais visibilidade nas duas maiores cidades do Estado, ainda, a disputa interna com Vitalzinho, já que os dois vão brigar pela mesma vaga.

O leitor deve ter notado a ausência de Cássio na análise, achamos por bem tirá-lo pelo fato da sua eleição ao Senado estar plenamente garantida.

Outra figura “ilustre” retirada da análise foi o Senador Roberto Cavalcanti, o qual precisa desesperadamente de um mandato federal, para continuar a ver seus processos emperrados na Justiça, contudo, manter-se no Senado é um sonho tão distante que irá disputar espaço novamente na suplência, ou mais provável, na Câmara Federal.

Além dos fatos mencionados ao longo do texto, não podemos esquecer-nos dos famosos “cacarecos”, aquelas figuras que entram na disputa para nos deixar mais felizes, porém, sem a mínima possibilidade de vitória. O fato é que esses “nanicos” atrapalham os grandes, raspando entre 1% e 3% dos votos válidos, o que numa disputa acirrada pode e vai fazer falta aos grandes.

Em suma, as opções “viáveis” ao eleitorado paraibano quando o assunto é Senado, se apresentam como péssimas, nenhum dos pleiteantes possui idoneidade para ocupar um cargo tão nobre como o de Senador da República. Entretanto, a escolha (responsabilidade) será sua...

Boa Sorte!