terça-feira, 9 de junho de 2009
A Hora da Limpeza
O Tribunal Superior Eleitoral tascou mais uma “surpresa” no eleitorado paraibano. Precisamente no povo de Bayeux(?), o então prefeito-jornalista-sensacionalista do Sistema Correio, Jota Júnior, perdeu a caneta!
A questão não é simplesmente a cassação do prefeito da Grande João Pessoa, mas a confusa disputa naquele município em 2008. Ao serem lançadas duas candidaturas “pró-Sistema Correio”, o aparato midiático do Senador Cavalcanti, ficou dividido entre seu tradicional vassalo Jota Jr. e o desconfiado socialista Expedito Pereira. Disputa esta que acabou gerando séria instabilidade entre a turma do Correio e o prefeito cassado.
Também devemos lembrar que Jota não foi cassado por conta do pleito de 2008, e sim, pelo apoio descarado a eleição de seu irmão para Deputado Estadual em 2006, onde a utilização da máquina municipal foi fato comum, chegando ao extremo de coletar títulos de eleitor entre os comissionados da Prefeitura.
Os pormenores da cassação estão sendo destrinchados pelos meios de comunicação oficiais, o que nos chama atenção neste momento, é a ratificação das conseqüências oriundas da retirada de Cássio Cunha Lima do poder.
O precedente foi aberto, cada vez será mais comum estas “exonerações súbitas”, as eleições não terminam apenas com a contagem dos votos... Numa eleição disputada, a pendenga judicial sempre será uma espécie de “prorrogação do campeonato”.
Jota Júnior foi apenas o primeiro da extensa lista de prefeitos paraibanos com a batata assando no TRE/TSE. Assim, caso eu fosse prefeito e tivesse com pedidos de inelegibilidade contra minha pessoa, já iria colocando as barbas (ou a cabeleira) de molho... Pois a limpeza ainda não terminou.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Educação, politicagem e um Jumento
Bom, a falta de simpatia do Governador Maranhão pela Educação já era conhecimento de todos. De fato, o Ensino não é o forte deste senhor, porém, aliar o desinteresse pelo tema a questões politiqueiras é a primeira “novidade” deste governo.
A UEPB a época do II Governo Maranhão havia se digladiado com o citado político, inclusive, a greve de fome dos professores e de alguns “militontos”, foi largamente utilizada pela oposição.
Ao assumir o governo, Cássio fez uma espécie de pacto com a Reitora, a qual, ele mesmo havia conseguido eleger, Marlene Alves obteve trânsito livre dentro do governo tucano, verbas e tapinhas nas costas não lhe faltaram, ao ponto de acontecer algo há alguns anos inimaginável, a renumeração da UEPB ultrapassou o de qualquer Universidade Federal, além do mais, novos cursos e extensões foram abertas, sem contar o investimento na aquisição de livros e computadores.
Apesar da dobradinha Marlene-Cássio ainda ter mantido uma relação clientelística como o poder político, sejamos justos, esta Universidade ganhou novos ares e indiscutivelmente cresceu.
O problema é que a brusca mudança no cenário político estadual acabou por afetar diretamente aquela Instituição de Ensino, talvez como vingança, talvez por ignorância, ou ainda pelos dois juntos, o novo governador surrupiou mais de R$ 16 milhões dos recursos destinados a UEPB.
Com o súbito “confisco” das receitas destinadas a Universidade Estadual da Paraíba, os projetos de ampliação e melhoramento da estrutura física do Campus em Bodocongó vão paralisar de vez! Pior ainda, o quadro de professores efetivos que vinha passando por atualizações, também vai ficar restrito a contratação dos “famosos” substitutos. Em suma, as melhorias que bem ou mal vinham ganhando corpo agora serão engessadas.
O que mais nos impressiona neste caso é a habilidade política do governador biônico, se o Zé já não fazia muito sucesso entre os eleitores na faixa etária de 18 à 30 anos, com estas medidas sua popularidade ainda vai ser mais maculada. Obrigado Zé, a oposição agradece!
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